Pandemia muda perfil do consumidor, que passa a priorizar sustentabilidade

Há pouco mais de dois meses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava a pandemia de Covid-19. Desde então, as mudanças provocadas pelo novo coronavírus têm se estendido por diversos setores da sociedade. A epidemia alterou a forma como as pessoas trabalham, se entretêm, se locomovem e cuidam de sua saúde. Mudaram também as prioridades e a maneira de consumir.

Tendências que ainda estavam em estágios iniciais foram aceleradas e consolidadas nestes primeiros meses de pandemia. Um exemplo são as compras on-line. Segundo dados da consultoria McKinsey & Company, 40% dos consumidores brasileiros estão fazendo mais compras on-line durante a pandemia, mesmo havendo cortes de gastos. Além disso, 35% dos consumidores afirmam que pretendem diminuir idas a lojas físicas mesmo após a pandemia. Outro exemplo é o crescimento da prática de home office: 30% das pessoas afirmam que trabalharão mais de casa após a pandemia, segundo a consultoria Accenture.

 

De maneira geral, as pessoas estão aumentando o uso da tecnologia para lidar com as limitações trazidas pelo isolamento. Atividades tão variadas quanto reuniões de trabalho, conversas com familiares, sessões de exercícios, aulas, apresentações musicais e consultas médicas passaram a ser intermediadas pelos meios eletrônicos. Ao mesmo tempo, a casa passou a desempenhar o papel de protagonista na vida da maioria das pessoas.

 

O aumento do consumo consciente e a priorização de escolhas sustentáveis foram algumas das transformações de comportamento mais significativas desencadeadas pela pandemia. Cerca de 60% dos consumidores estão mudando seu estilo de vida para reduzir o impacto no meio ambiente, segundo dados da McKinsey. Além disso, dois terços das pessoas acham mais importante do que antes limitar os impactos das mudanças climáticas.

 

A facilidade com que o novo coronavírus se espalhou pelos continentes revelou muito sobre as fragilidades do mundo globalizado e chamou a atenção para a importância de cuidar melhor do planeta que habitamos.

 

Neste sentido, a energia solar torna-se a escolha mais natural para suprir as necessidades energéticas de uma sociedade que incorpora cada vez mais recursos tecnológicos em seu cotidiano. Além de ambientalmente sustentável, a energia solar também tem como vantagem a sustentabilidade econômica. O Brasil tem um alto nível de irradiação solar e, consequentemente, uma enorme capacidade para geração fotovoltaica.

 

A gravidade da pandemia fez com que os consumidores repensassem suas prioridades e, hoje, buscam não apenas serviços que atendam suas necessidades básicas, mas empresas que tenham um propósito claro e que façam a diferença em suas comunidades e no planeta. O setor de energia solar tem o potencial de desempenhar essa missão e contribuir para um mundo pós-pandemia mais sustentável.

 

Autor: (*) Leandro Martins é presidente e fundador da Ecori Energia Solar - (www.ecorienergiasolar.com.br)